São muitos os estímulos recebidos pelo bebê. A avalanche de novas impressões pode sobrecarregar-lhe o cérebro ainda imaturo; por isso é tão premente dividi-las e organizá-las. Após sucessivas apresentações de exemplares de categorias semelhantes e diversas, como gatos e cachorros, pesquisadores que realizaram testes para verificar como crianças de 2 a 6 meses raciocinam chegaram à conclusão de que elas começam a diferenciar classes a partir dos 7 meses. Meninos e meninas que convivem com animais domésticos, por exemplo, já os distinguem a partir dos 9 meses, dois meses antes daqueles que não têm tal convivência. Ao contrário do que pesquisadores acreditaram durante algum tempo, os bebês conseguem diferenciar categorias globais antes das básicas. Ou seja: distinguem animais e móveis antes de classes de objetos como gato e mesa. Essa inversão demonstra que eles não levam em consideração apenas semelhanças externas: fazem parte desse processo dados da experiência e a percepção inata que permite a diferenciação entre seres vivos e inanimados.
Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/cachorros_e_outros_bichos.html