Cabeçario animais

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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

DESCADEIRAMENTO EM CÃES: DISPLASIA COXOFEMORAL

O que é displasia coxofemoral em cachorros? Quais são as causas da displasia coxofemoral em cachorros? Existem sintomas associados ao descadeiramento do cão? Como diagnosticar e tratar a displasia coxofemoral em cachorros? Leia tudo sobre o descadeiramento em cães no Linkanimal!

O que é displasia coxofemoral em cachorros?

A displasia coxofemoral popularmente chamada de descadeiramento é uma má formação das articulações que unem as pernas traseiras do cachorro com sua cintura pélvica podem gerar dor e dificuldade de se locomover. A displasia coxofemoral pode ser leve gerando incômodo fraco, ou pode ser severa gerando dores e artrite no cachorro. A displasia é mais comum nas raças de cachorros grandes ou gigantes como os Fila Brasileiro, Rottweilers, Labradores, etc. É uma das doenças ortopédicas mais comuns em cachorros.

Causas da displasia coxofemoral em cachorros

A doença aparece mais nas raças grandes ou gigantes, sendo que algumas raças em particular estão mais sujeitas a ter a doença por questões genéticas: Pastor Alemão, Labrador, Golden Retriever, Rotweiller e São Bernardo.
Cachorros acima do peso têm mais predisposição a desenvolver a displasia. A doença é mais comum em machos do que em fêmeas e ocorre com mais freqüência em cachorros que crescem muito rapidamente.
A doença também pode ser transmitida de pais para filhos caso ambos os pais apresentem o problema. A doença possui assim uma causa genética.

Sintomas da displasia coxofemoral em cachorros

Geralmente, os primeiros sintomas aparecem quando o cachorro está na fase de crescimento, entre os 3 e 12 meses. Porém os sintomas também podem surgir pela primeira vez quando o cachorro já está na fase adulta, apesar disso ser menos comum.

Os principais sintomas são:

  • O cachorro está mancando
  • O cão anda de forma estranha
  • O cachorro está com dificuldade para se levantar
  • O cão sente dor ao se exercitar ou levantar
  • Dificuldade de pular
  • Dificuldade de subir escadas
  • Dor ao andar, principalmente em solos escorregadios

Como diagnosticar a displasia coxofemoral em cachorros?

O diagnóstico da displasia coxofemoral canina deve ser feito pelo veterinário. Geralmente, seu veterinário irá examinar seu cachorro e observar se ele apresenta algum sintoma da doença.
O veterinário pode realizar exames de raios-x para identificar a existência da doença e seu grau de intensidade. É comum ter de anestesiar o cachorro para realizar um exame de diagnóstico da displasia, pois o animal pode sentir dor durante o exame.

Como tratar a displasia coxofemoral em cães?

Para tratar a displasia coxofemoral, existem tratamentos por medicamentos, por fisioterapias e cirurgias.

Peso ideal e exercícios

Estar acima do peso ideal pode piorar as condições da displasia coxofemoral. O tratamento médico pode envolver redução de peso (caso o cachorro esteja acima do peso). Mas não reduza a comida do cachorro somente por que você acha que ele pode estar com displasia, verifique antes com o veterinário qual a melhor atitude a ser tomada.
Reduzir alimentos pode gerar má nutrição e a falta de nutrientes geralmente está associada com aumento da doença.
Exercícios moderados também são recomendados, pois eles mantêm a musculatura da área atingida tonificada. Peça ao seu veterinário para que ele lhe passe um programa adequado de exercícios para seu cão.
Recomenda-se fazer exercícios regularmente, sem excessos. Deve-se, porém checar com o veterinário quais exercícios devem ser feitos, em alguns casos é bom fazer um aquecimento dos músculos do cachorro antes de iniciar o exercício.

Fisioterapias

A massagem e a fisioterapia no cachorro podem ajudar a aliviar as dores causadas pela displasia coxofemoral canina. Peça ao seu veterinário para lhe ensinar a aplicar a massagem. Você também pode procurar um massagista especializado em cães (sim eles existem!).
Outra dica geralmente recomendada é a natação, pois ela exercita o músculo sem causar tanto impacto na região atingida pela doença. Deve-se, porém verificar com o veterinário, se a natação é apropriada para seu cão.
Você também pode tornar o deslocamento de seu cão menos doloroso. Cachorros com displasia sentem mais dor e dificuldade de locomoção em terrenos escorregadios. Procure evitar deixar o cachorro em solo muito escorregadios. Outra dica é reduzir a necessidade de seu cachorro ter de passar por escadas que lhe causam mais dor. Para isso coloque rampas para ajudar o cão a transpor escadas ou locais muito altos, como na hora de descer do carro.

Medicamentos

Há também a o tratamento por medicamentos que geralmente são antiinflamatórios. Também podem ser ministrados suplementos alimentares que auxiliem na redução dos sintomas da displasia coxofemoral. Mas lembre-se de nunca automedicar seu cachorro, procure sempre a ajuda de um veterinário de confiança.

Cirurgia

Em certos casos mais graves a doença pode ser tratada com cirurgia. Existem vários tipos de cirurgia que podem ser aplicadas para o tratamento da displasia coxofemoral. Somente seu veterinário poderá dizer se realmente é o caso de tratar a doença com uma cirurgia.

ARTICULAÇÃO COXOFEMORAL NORMAL EM UM CÃO

ARTICULAÇÃO COXOFEMORAL DISPLÁSICA



DOENÇA - BERNE

A Berne é causada pela larva da berneira; uma mosca denominada Dematobia hominis.
A doença é considerada um tipo de miíase (proliferação de larvas de mosca em tecidos vivos) onde a larva da mosca se desenvolve no local onde foi depositada, não atingindo regiões vizinhas (como ocorre no caso das bicheiras).
As moscas responsáveis pela Berne podem ser hematófagas ( que sugam sangue) ou lambedouras (as que, via de regra, depositam suas larvas nos animais domésticos).
Homens e animais, sobretudo os cães e bovinos, podem ser vítimas. Não é a mosca Dematobia hominis quem ‘ataca’ as vítimas, e sim um outro tipo de inseto, chamado de condutor ou veiculador, que tem os ovos da mosca depositados em seu abdome. No instante em que o inseto condutor pousa sobre o pelo do animal as larvas saem dos ovos e se dirigem até a pele, perfurando-a e se desenvolvendo em seu interior.
Com o passar do tempo, a larva vai se desenvolvendo e o local perfurado continua aberto para que possa respirar. O movimento das larvas no interior da perfuração causa extrema dor e incômodo no animal.
Portanto, é importante que seja qual for o número de bernes presentes no animal, elas sejam retiradas ‘espremendo-se’ o local até que o pus seja eliminado por completo. Entretanto, o processo de retirada da berne deve ser realizado somente por um veterinário, e não por qualquer pessoa para que não sejam criados outros tipos de problemas ao animal pois, além de muito doloroso, caso a larva não seja total e devidamente retirada e ainda estiver viva, haverá risco de que surjam abcessos ou infecções.
O tratamento pode ser feito à base de sprays específicos ou com medicamentos orais mas, a exemplo do que ocorre com a maioria das doenças, o melhor remédio é a prevenção controlando-se o aparecimento de moscas e mantendo o ambiente do animal sempre limpo.
Dra.Milagros Guadalupe Perera
CRMV 15.742 -
milamgp@hotmail.com

Fonte: http://www.fasprotecaoanimal.org.br/berne.asp